
O que
preocupa ainda mais é que essas notícias “comuns” nos trazem o pior de um
acidente o ÓBITO.
A sociedade
como um todo, os orgãos governamentais, sindicatos, Ministério do Trabalho,
enfim, todos se perguntam – “até quando?” – “de quem é a culpa?” – “como
resolver essa situação?”
Semana
passada (dia 05/03) mais uma notícia na televisão “trabalhador morre ao cair do
9º andar de um prédio em construção”, na matéria dizia que o mesmo não usava os
EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual).
Conforme
determina a Portaria 3214/78 em sua nova Norma Regulamentadora NR-35 ( a mesma
entrou em vigor dia 27/09/2012), todo trabalho realizado acima dos 2(dois)
metros de altura do nível ao qual se encontra o trabalhador, pois bem, diante
desse fato as empresas deverão dispor de todos os recursos existentes para
salva-guardar a vida do trabalhador (fornecimento de EPI’s - Equipamentos de
Proteção Individual e/ou EPC’s - Equipamentos de Proteção Coletiva).
Não
bastasse esse fornecimento dos equipamentos, ainda diz a legislação de
segurança que as empresas devem treinar seus funcionários a respeito do uso
correto dos mesmos (guarda e conservação, conforme determina a Norma
Regulamentadora NR-06), deve ainda fiscalizar esse uso, sinalizar, informar,
etc....
Diante
do fornecimento de tantos recursos, os acidentes ainda acontecem, logo alguém
diz: “foi falha do funcionário”.
Vamos
analisar friamente sem dizer “esse ou aquele é culpado, isso ou aquilo poderia
ter impedido”, nada disso adianta mais, a vida perdida já foi.
Voltando
na matéria acima citada nesse texto, o repórter entrevistou um membro do
sindicato, o qual disse a seguinte frase: “se a empresa tivesse Técnico em Segurança
do Trabalho teria sido evitado”, oras meu caro amigo isso é uma hipocrisia
absurda, o profissional em segurança (seja Téc. ou Eng.) não é unipresente (missão
somente realizada por Deus/Jesus Cristo) em todos os cantos de uma obra, de uma
empresa.
O
acidente ZERO é outra hipocrisia absurda, algumas empresas (inclusive
multinacionais) não comunicam pequenos acidentes, pois os mesmos ficam sob a
responsabilidade de médicos e enfermeiros no próprio ambulatório, os acidentes
comunicados são aqueles onde o “simples”ambulatório não dá conta de resolver,
ou seja, é preciso intervenção em centro cirúrgico.
É bem
verdade que muitas empresas cumprem o básico da segurança (e como eu costumo
dizer “pensam em segurança no amor ou pela dor”), apenas no papel. Outras
cumprem uma parte maio dos requisitos de segurança.
Os
funcionários muitas vezes tentam fazer com que as próprias regras de segurança
impostas pelas empresas funcionem, no entanto, esbarram naquele velho conhecido
“SEGURANÇA X PRODUÇÃO”.
Enquanto
essa “briga”existir os acidentes não deixarão de acontecer, pais de família,
filhos, trabalhadores não deixarão de morrer, abaixo a hipocrisia VAMOS CUMPRIR
AS NORMAS DE SEGURANÇA!!!!
Quanto
aos funcionários que descumprem a legislação, ACORDEM, aquele que sofre
acidente é o único prejudicado, havendo perda de membros, incapacitação física
ou até mesmo a morte NINGUÉM mais do que sua FAMÍLIA irá sentir.
Não usem
EPI’s para enganar, não usem EPI’s porque vem vindo o Téc. Segurança, use EPI’s
para VOCÊ por VOCÊ, para sua FAMÍLIA, saiba que fora sua FAMÍLIA ninguém se
preocupa verdadeiramente com você, com sua saúde.
Abraço a todos!!!
Essa é a grande dificuldade que nós TST encontramos no dia a dia laboral, o não uso ou uso incorreto dos epis básicos.
ResponderExcluirA conscientização é demorada e a maioria dos trabalhadores pensam que estão nos enganando, mas na verdade, estão se prejudicando quando não se utilizam de seus epis.
Temos que nos atentar ao uso constante dos epis para conseguirmos reduzir os riscos de Acidentes.
Belo trabalho Marcelo. Abraço.